A previsão é de que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, envie nesta segunda-feira (13), ao Supremo Tribunal Federal (STF) a lista com 80 pedidos de investigação contra ministros e parlamentares com base nas delações da Odebrecht. Segundo matéria do ‘Estadão’, o presidente Michel Temer tentará manter o clima de normalidade e focar em agendas positivas para colocar ‘panos quentes’ sobre o assunto.
Ao que tudo indica, clima em Brasília mudará com a entrega da lista com 80 pedidos de investigação, que contém nomes de ministros e parlamentares
No Congresso, porém, a avaliação é de que as revelações deverão afetar a agenda de votação tanto na Câmara como no Senado.
Em Brasília, o clima é tenso e é esperado um grande impacto no mundo político. No Senado, os pedidos de abertura de inquérito podem atingir nomes importantes do PMDB e do PSDB e inviabilizar a votação da segunda etapa da repatriação de recursos de brasileiros depositados ilegalmente no exterior, considerada prioritária para os Estados em crise.
Lista ‘tenebrosa’
Ainda segundo matéria do ‘Estadão’, além de deputados e senadores, pelo menos dois ministros da cúpula do Palácio do Planalto devem estar na nova lista de Janot: o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, que volta ao trabalho hoje após um período de licença médica, e o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco.
O discurso oficial de auxiliares do presidente é que, para o governo, o ideal seria que o conteúdo das delações fossem divulgadas de uma vez, para que o Planalto não fosse atingido, a cada semana, com novos fatos.
Os pedidos encaminhados por Janot serão analisados pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo. Apenas ele pode autorizar a derrubada do sigilo das delações e tornar o conteúdo público.
Já no STF, o clima é de aparente normalidade. Entre os ministros do Supremo, o discurso é que a chegada da “megadelação” não vai alterar a rotina da Corte.
Fonte: Estadão